sexta-feira, 24 de maio de 2013

Agrofloresta para Agricultura Familiar

Por: Leandro Coimbra
PET-AGRO
Existem diversas formas de se produzir de forma sustentável e garantir uma boa renda para o produtor. Uma delas é a Agrofloresta. Esse é o nome dado a um sistema de produção que tem transformado propriedades improdutivas em áreas de alta diversidade, com a integração de hortaliças, culturas anuais, de ciclo longo e perenes (frutíferas, exploração de madeira) firmando-se como uma excelente opção para a agricultura familiar. Além de otimizar o uso da terra, gera renda para o produtor. Sua implantação é feita formando-se estratos florestais com diferentes alturas, de acordo com a espécie escolhida para compor o sistema, visando um melhor aproveitamento da luz e do espaço, entremeando filas de árvores de grande porte com plantas de pequeno porte e ciclo curto, proporcionando à família uma renda periódica.  Uma vitrine dessa prática chega a reunir até 36 espécies de plantas diferentes e está exposta na Embrapa de Brasília para visitação. Nesse exemplo, em uma área de 225 m2 (15 × 15 m) gastou-se 7,9 dias/homem para implantação do sistema, a um custo aproximado de R$ 790,00 reais (valores atualizados, considerando-se uma diária de R$ 50,00) e uma densidade de 1111 árvores/ha (espaçamento de 3 × 3 m). Desse total gasto, 56,86%  são de insumos e 43,14% são de mão de obra. O produtor deve ter o cuidado de fazer as podas e as capinas do terreno para melhor assegurar sua produção. As podas devem ser feitas para obtenção de luz nas camadas mais baixas e para formar uma cobertura vegetal no solo, aumentando o teor de matéria orgânica e controlando as plantas invasoras. Esse projeto é feito com a compreensão da sucessão ecológica, uma evolução natural de desenvolvimento agroflorestal.

Fonte: Circular Técnica 16 (Agrofloresta para Agricultura Familiar), 1ᵒ edição - Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

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