segunda-feira, 11 de junho de 2012

Apicultura é usada na preservação ambiental em território sergipano


Por: Lisanne Caixeta
PET-AGRO
Os agricultores do assentamento Padre Josimo Tavares, em Itaporanga D’Ajuda-SE, estão utilizando a apicultura para combater o desmatamento da vegetação local. Eles empregam a técnica há cerca de um ano e a experiência já começou a dar resultados. “Com o trabalho de conscientização ecológica, o projeto transformou o grupo de apicultores assentados em verdadeiros guardiões da mata”, afirma Carla Barbosa, bióloga do Instituto Bioterra. Carla é responsável pelo acompanhamento do projeto no assentamento e explica como a atividade está auxiliando na preservação da flora. “A abelha, que é o inseto que mais poliniza, também precisa da flor da mata para se alimentar. E para manter a extração do mel e gerar renda, os agricultores são obrigados a preservar a vegetação local”. O assentamento é o primeiro do Estado a adotar a apicultura como instrumento para a recuperação ambiental. A família de Luis Fontes, um dos apicultores do assentamento, teve uma experiência inusitada. “Nós já botamos para correr um grupo que veio de fora para tentar tirar lenha da mata. A gente não tira e não deixa tirar. Precisamos proteger essa área para nós e para os bichos, porque se a gente deixar desmatar, isso vai prejudicar todo o nosso trabalho”, conta. 





Assentamento Padre Josimo Tavares: apicultura como fonte de renda e conservação do ambiente
Foto: www.mda.gov.br/portal/sdt/noticias/image/4790926
Iniciado em 2009, o projeto é resultado da parceria entre o Incra em Sergipe e o Instituto Bioterra. Foi idealizado e implantado como uma opção para a geração de renda dos agricultores. “Iniciamos esse trabalho com apicultura no assentamento porque essa é uma atividade que pode aliar preservação ambiental e geração de renda. É um projeto que requer um investimento baixo e que pode deixar algo importante, ajudando na manutenção das famílias”, esclarece Carla Barbosa. A criação de abelhas no assentamento foi possível mediante a capacitação dos agricultores em um curso ministrado por um representante da Federação Apícola de Sergipe. Os assentados receberam todo o material necessário para a manutenção da atividade, como caixas para a formação das colméias, fumigador, cera e equipamentos de proteção. Embora as abelhas estejam no período de adequação, os assentados já começaram a obter os primeiros litros de mel. Essa produção inicial serve como estímulo para expandir o trabalho. “A gente sabe que no começo é difícil. Demora um ano para começar a dar mel. Mas é um trabalho que dá resultados e que vai nos ajudar muito lá na frente”, avalia Maria Ferreira da Silva, uma das assentadas participantes.

Fonte: www.mda.gov.br/portal/sdt/noticias/item?item_id=4790922

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