Boi orgânico: produção cresce de olho no mercado internacional
Por: Pedro Paulo
PET-AGRO
Em maio de 2012, a revista Dinheiro Rural, divulgou uma material sobre a criação do boi orgânico na região do Mato Grosso do Sul, mais precisamente, no Pantanal da Nhecolândia. De olho nos consumidores das grandes cidades brasileiras, 15 pecuaristas da região mantem a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO), criada em 2001. Eles começaram com uma área de 20 mil hectares de pastos certificados para criação de boi orgânico. Atualmente, possuem 110 mil hectares e a meta é chegar aos 135 mil hectares, um crescimento de 23%, com a criação de mais 12 mil animais. Os pecuaristas da ABPO têm um rebanho de 60 mil cabeças, a maior parte da raça nelore ou nelore cruzada com outras raças, entre elas a Braford. No ano passado, eles faturaram R$ 10 milhões com a venda de seis mil animais, 500 por mês, ao grupo JBS-Friboi, com o qual eles mantém uma parceria de exclusividade. O aumento do lucro do produtor vem do bônus pago pelo frigorífico, da ordem de 10% sobre o preço da arroba para animal de 16 arroba. O prêmio por cabeça chega a R$ 144,00. A pecuária orgânica, que pode parecer muito próxima da convencional à primeira vista – por causa do modelo de criação a pasto adotado no país -, tem diferenças fundamentais. A principal é o controle rigoroso da criação, com auditagem e vistorias permanentes do rebanho. As fiscalizações são realizadas pelo ministério da Agricultura e as vistorias ficam a cargo do Instituto Biodinâmico (IBD), empresa brasileira com sede em Botucatu (SP), responsável por certificações agropecuárias internacionais. Eles escolheram o IBD porque, no futuro, querem exportar carne. O IBD é ligado a Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica, entidade que congrega pecuaristas de 116 países e monitora a produção em 26 milhões de hectares. Uma curiosidade é que embora parecida com a criação convencional, o manejo do boi pantaneiro é diferente. O gado convive com animais silvestres, veados, jacarés, lobos e capivaras e se alimentam de capim-mimoso e mimosinho que são apreciados há mais de 250 anos pelos animais. Fonte: www.terra.com.br/revistadinheirorural/edicoes/91/artigo258439-1.htm
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